Para pensar!


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Impacto do Álcool na Família



Está na Hora de Pedir Ajuda!

Álcool e Dependência 

Bebo ás vêzes
 
Todo Fim de Semana
 
Não sei me relacionar,se não bebo
 
Fico depressivo durante ou quando acaba o efeito do álcool
 
Fico agressivo

Baixa tolerância com outros
 
Sou o Dono da razão

Perco a noção das horas

Outras

  Falar do álcool e do seu consumo implica distinguir entre o consumo moderado e o consumo excessivo. O álcool é uma substância em que se aceita um consumo moderado, em adultos saudáveis. Algumas famílias lidam com esta substância de forma saudável, outras pelo contrário, sofrem os malefícios de uma substância que se assume como uma droga quando é consumida de forma a suprir algo em si.
 Neste caso existem duas tipologias clínicas de problemas de consumo , o abuso e a dependência ou alcoolismo, tendo respectivamente um aumento da gravidade e dos danos.
Alcoolismo ou Síndroma de Dependência Alcoólica, uma doença cada vez mais freqüente em idades mais jovens, e nas mulheres.
O abuso é um padrão de consumo frequente, que se caracteriza pelo beber com intenção de ficar intoxicado e com alterações de comportamento. 
As famílias muitas vezes não percebem este problema, desculpando e desvalorizando o consumo. Sem querer estão a incentivar e perpetuar um padrão de consumo de risco com danos claros para si próprio e para o sistema familiar. 

Um doente alcoólico é uma pessoa que sofre e que faz sofrer aqueles que lhe são próximos afetivamente, é considerada uma doença do “sistema familiar”, pois todos são afectados, sendo que o seu tratamento também apela a uma abordagem de todo o sistema.
A família pode ser afectada pelo abuso de álcool na Área económico-social ,motivadas pela despromoção profissional e desemprego.E Área Relacional; perturbações das relacões e deterioração progressiva da vida familiar, sendo frequente situações de:Maus tratos físicos e psicológicos aos diferentes elementos do agregado;Violações e situações de incesto; Negligência nos cuidados aos filhos e nas responsabilidades parentais;Rupturas do sistema familiar (separação, divórcio).
O lar do doente alcoólico é simultaneamente um lar patogénico e patológico, com graves repercussões sobre os restantes elementos, nomeadamente sobre os filhos.
A instabilidade, a insegurança, o ambiente tenso e conflituoso, são características frequentes no ambiente familiar e que têm repercussões negativas ao nível do desenvolvimento das crianças que nele vivem e no desenvolvimento de patologias depressivas nos adultos.
Quando é o pai o doente, estão comprometidas em termos psicológicos, a identificação com esta figura de referência. Quando é a mãe a doente, são frequentes situações de carência de afecto e de cuidados, negligência e abandono.Ou por culpa a mãe super protege um ou todos os filhos.
O ambiente patológico, e desestruturado em que vivem ,em geral é responsável por muitas  patologias infantis:
  • atrasos no desenvolvimento
  • dificuldades na aprendizagem
  • perturbações no comportamento
  • insucesso escolar
  • abandono escolar
  • comportamentos desviantes
  • Filhos que assumem a responsabilidades dos pais (cuidam dos irmãos, das tarefas domésticas), e deixam de ser crianças.
Entre as ações diretamente tóxicas do consumo excessivo de álcool sobre os filhos, deve-se distinguir as ações tóxicas:
 Pré-natais (consumo de álcool durante a gravidez) e que podem levar a abortos espontâneos, nascimentos da criança morta, partos prematuros, malformações que podem constituir a Síndrome Fetal Alcoólico.
Pós-natal (ingestão de álcool durante a amamentação e durante a primeira infância), que provoca atrasos no desenvolvimento geral, apresenta  uma maior predisposição para desenvolverem uma doença alcoólica em idades muito precoces.
Padrões de funcionamento mais comuns em famílias de alcoólicos.
Falta de confiança: A família deixa de confiar no doente alcoólico que promete sempre que foi a última vez que bebeu em excesso. Os conflitos são freqüentes independentemente do doente estar intoxicado.
Irresponsabilidade: Os doentes alcoólicos são são negligentes em relação às responsabilidades familiares e sentimentos para com a família: passam muito tempo fora da família, não acompanham a educação dos filhos e gastam recursos econômicos que fazem falta em outras áreas. Dependendo da fase de progressão da doença, chega a um momento em que o doente bebe para viver e vive para beber, tudo é pensado em função do álcool, que se assume como a prioridade da sua vida.
  • Medo: A família vive o dia a dia em stress e medo permanente que o doente se embriague e a conseqüência disso nas suas vidas: chegar irritado, violento ou  ter um acidente.
  • Culpa: A família tende a se culpar,secretamente pela situação de alcoolismo que assombra a sua família. Os filhos se acham “maus filhos”, sendo por essa razão que o pai ou a mãe bebe.
  • Solidão e isolamento: A lei do silêncio impera entre os vários elementos do sistema familiar; o álcool se assume como o segredo da família e a comunicação entre os elementos fica perturbada, levando à solidão dos seus membros e ao isolamento social.
  • Vergonha: O sentimento de vergonha leva a família a evitar contextos sociais, com receio do comportamento vexante que o familiar alcoólico poderá vir a ter. Esta vergonha é a razão que impede muitas famílias de pedirem ajuda e que contribui para o seu isolamento.
  • Zanga, Mágoa: Sentimentos que vão-se instalando com o tempo de progressão da doença e que vão desgastando os elementos do sistema que se vêem impotentes perante o problema do familiar. A negação típica do doente alcoólico e a sua dificuldade em pedir ajuda desgasta a família ao ponto de levar à ruptura.
Como ajudar para as famílias de doentes alcoólicos
  • Grupos de Auto-Ajuda:Grupos de Familiares e Amigos de Alcoólicos - Al- ANON e 
  • Grupos para os filhos de alcoólicos:  ALATEEN.

Onde a família pode:
  • Encontrar outras pessoas com os mesmos problemas
  • Encontrar esperança em vez de desespero
  • Melhorar a vida familiar
  • Aprender a lidar com a doença alcoólica
  •  Recuperar a sua Auto-estima
Texto Basead:Alcoologia .net 

Silvia Garcia, Fonoaudióloga

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