Transtorno Bipolar |
O transtorno bipolar do humor é uma patologia que apresenta episódios repetitivos ou alternados de Depressões e Euforias exacerbadas.
Antigamente diagnosticados como psicose maníaco-depressiva (PMD) de forma errônea, porque este transtorno nem sempre apresenta sintomas psicóticos.
Inicialmente as crises podem ser espaçadas por anos. Depois da primeira crise, pode levar anos (10 ou mesmo 15 anos) para se repetir, o que vem achar que está curado e descuidar do tratamento.
O indivíduo passa por períodos de depressão e euforia(mania) em pequenos espaço de tempo.
“Mania” é excitação do humor, que pode ser notada através de Megalomanias, gastos excessivos, sonhos mirabulantes...
Como a segunda crise pode levar anos para aparecer o diagnóstico correto só pode ser feito depois de muitos anos, podendo retardar o tratamento e ser tratada erroneamente.
Por se tratar de uma doença hereditária, facilita o diagnóstico de pessoas da mesma família que venham ser acometidos da mesma doença, pois poderá ser diagnosticada mais cedo.
O transtorno do humor bipolar de depressão e mania podem ter o seu curso interrompido pelo tratamento.
Formas diferentes do transtorno bipolar do humor:
Tipo I
- Presença de fases maníacas e depressivas graves.
Tipo II
- Presença de estados hipomaníacos (um pouco mais suaves que os estados maníacos).
Transtorno Bipolar Misto
- Presença de estados mistos, depressivos e eufóricos, que se alternam em poucos dias, ou até mesmo em poucas horas.
Transtornos Ciclotímicos
- Presença crônica e flutuante do humor, marcada por períodos maníacos e depressivos que, no entanto, não são suficientemente graves como os das verdadeiras depressão e mania.
"Depressão" é diferente das reativas que se seguem a um episódio qualquer, possível perda ou decepção.
Ela é mais profunda, não só por ser mais intensa, além do sentimento de tristeza, pode ser notada também no brilho dos olhos, no timbre da voz, na viçosidade da pele, na agilidade dos movimentos, nos ritmos fisiológicos (sono, apetite, peristaltismo, ciclo menstrual, etc.) e na velocidade da fala.
Sinais e sintomas
Depressão:
- tristeza,
- angústia,
- sensação de vazio,
- desânimo,
- irritabilidade,
- desespero,
- incapacidade de sentir prazer,
- cansaço,
- déficit de concentração,
- lentificação do raciocínio,
- memória ruim,
- falta de vontade,
- iniciativa e interesse;
- pensamentos negativos,
- pessimismo,
- ideias de culpa,
- fracasso,
- inutilidade,
- baixa auto-estima,
- ideias de suicídio (e verdadeiros suicídios),
- dores pelo corpo,
- Quando graves podem ocorrer alucinações e delírios.
Manias:
- exaltação do humor,
- alegria exagerada,
- irritabilidade,
- agitação,
- inquietação física e mental, tendência a começar muitas coisas e não conseguir terminar,
- pensamentos acelerados,
- atribuição a si mesmo de poderes de influência e grandeza,
- otimismo e autoconfiança excessivos,
- aumento exagerado e injustificado dos gastos,
- distraibilidade fácil,
- desinibição,
- comportamento inadequado e provocativo,
- agressividade física e verbal,
- erotização aumentada,
- redução da necessidade de sono,
- Quando graves podem ocorrer delírios e alucinações
Nas pessoas predispostas, dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma pessoa importante, uso de drogas, etc. podem contribuir para o desencadeamento tanto das depressões, quanto das manias.
Quando um dos pais apresenta transtorno bipolar, existe de 25 a 50% de chance de o filho também apresentar.
As causas específicas do transtorno bipolar do humor não são conhecidas, mas há uma constelação de fatores que interferem sobre ela:
- Fatores biológicos: distúrbio dos neurotransmissores noradrenérgico, seratonérgico e dopaminérgico. Além destes, outros neurotransmissores e hormônios do eixo hipotálamo-pituitária-tireoide também participam.
- Fatores genéticos: o transtorno bipolar do humor é uma das anormalidades psicológicas mais hereditárias.Entretanto, quanto maior a distância de parentesco, menor a possibilidade de ter um transtorno bipolar e vice-versa.
- Fatores psicossociais:os acontecimentos vitais, tais como dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma pessoa importante, uso de drogas, etc. podem contribuir para o desencadeamento da doença.
É importante ficar atento aos sinais e sintomas, isto pode estar acontecendo em sua família e o "doente" não estar sendo tratado como deve...
- É considerado um mentiroso
- Uma pessoa que faz tudo errado
- Preguiçosa
- Que tem falta de caráter e muito mais
É uma pessoa que se destaca por normalmente fazer as "coisas erradas"...
É tratada como criminoso e ele nem se dá conta do que acontece...
As informações acima são minhas, por estar convivendo com isto desde que me conheço por gente...
Meu pai não foi bem diagnosticado e hoje a família pode pelo menos tentar ajudar os mais novos...Mas que infelizmente nem sempre é possível!!!
Quanto a parte de tratamento ao falar de medicamentos busquei o texto em ABC.MED.BR, 2011. Transtorno bipolar do humor
Tratamento
Os quadros de transtorno bipolar do humor devem ser sempre acompanhados por um médico psiquiatra e ter apoio psicológico para os pacientes.
Os quadros agudos recomendam a interrupção imediata dos sintomas através dos psicofármacos e, muitas vezes, a internação hospitalar.
A depressão aguda deve ser tratada com antidepressivos.
A mania pode ser controlada com carbonato de lítio, ácido valproico, carbamazepina, lomotrigina ou topiramato.
O ETC (eletrochoque) é útil nos pacientes não responsivos à medicação e que apresentem alto risco de suicídio ou que, por qualquer razão, não possam receber a medicação.
O uso dele ficou limitado com o surgimento dos psicofármacos, mas sabe-se que 80% dos pacientes mostram melhora substancial com ele.
A psicoterapia cognitiva pode contribuir para a adesão do tratamento, tornando-se um valioso complemento do tratamento farmacológico. Ademais, como o transtorno bipolar envolve também aspectos psicológicos e sociais, a psicoterapia pode ser benéfica.
O primeiro episódio maníaco habitualmente ocorre aos 20 anos, mas pode começar antes ou após os 40 anos de idade. A aderência ao tratamento é fundamental para o controle da enfermidade.
Bastam alguns dias de interrupção da medicação ou diminuição para que o paciente apresente exacerbação de sintomas e novas de crises.
Uma relação médico-paciente que esclareça dúvidas, e o ato de solicitar ajuda durante as crises e discutir os fatores estressantes ajudam no melhor prognóstico. Hoje em dia há medicações que visam prevenir a ocorrência de novas crises ou torná-las mais brandas.
Silvia Garcia, Fonoaudióloga
Parabéns ótimo post.
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