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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Como o Sono aumenta a capacidade de aprendizagem


  •    Você está preocupado?
  •    É um assunto que divide opiniões, mas antes de se preocupar leia este artigo.
  •    Se isto acontece e ele não vai bem na Escola, sugiro procurar um especialista.

Cientistas sempre ficaram intrigados com as muitas horas que passamos em sono levesem sonhos. 
Mas um novo estudo da Universidade da Califórnia sugere que, durante essa fase pouco valorizada do sono que pode consumir metade da noite, estamos ocupados recarregando a capacidade de aprendizagem do nosso cérebro.

Os pesquisadores encontraram evidências animadoras de que explosões de ondas cerebrais conhecidas como “sleep spindles” representam a comunicação entre áreas chave do cérebro que abrem caminho para a aprendizagem. 
Esses impulsos elétricos ajudam a deslocar as memórias armazenadas no hipocampo, que possui uma capacidade limitada de armazenamento, para o córtex pré-frontal, que é o “disco rígido” do cérebro, liberando espaço no hipocampo para receber novas informações.

O estudo descobriu que esses tipos de ondas cerebrais podem acontecer até 1.000 vezes por noite durante uma fase anterior à do sono mais profundo e a dos sonhos.

Esta fase de sono leve e sem sonhos pode consumir até metade das nossas horas de sono e ocorre mais frequentemente durante a segunda metade do período em que dormimos. De acordo com um dos autores do estudo, como muito desse sono ocorre durante a segunda metade da noite, se dormirmos seis horas ou menos, estaremos prejudicando nossa capacidade de aprender.

Em média, adultos passam um terço das suas vidas dormindo. 
No entanto, não há consenso científico sobre a razão dos humanos precisarem dormir. Pesquisas anteriores mostram que uma boa noite de sono nos ajuda a regular nosso humor e lidar com desafios emocionais, enquanto que a privação de sono pode tornar pessoas equilibradas em emocionalmente abaladas, indicando uma forte correlação entre perda de sono e desordens psiquiátricas.

Nesse último estudo, a equipe de pesquisadores recrutou 44 jovens adultos saudáveis e os submeteu a uma tarefa de memorização rigorosa com a intenção de carregar o hipocampo. Todos os participantes desempenharam em níveis similares. 

O grupo foi então dividido, com metade tirando um cochilo de 90 minutos enquanto a outra metade permaneceu acordada.
Naquela noite, o grupo todo foi submetido a outra rodada de aprendizado. A habilidade para memorizar novas informações se deteriorou naqueles que permaneceram acordados ao longo do dia. Em contraste, aqueles que tiraram um cochilo não apenas desempenharam melhor como também melhoraram suas capacidades de aprendizagem, como se o sono tivesse refrescado suas capacidades de memorização, segundo o estudo.
Testes de eletroencefalograma, que mediam a atividade elétrica nos cérebros dos que cochilaram, mostraram que quanto mais “sleep spindles” foram produzidos durante o cochilo, mais refrescados eles ficaram para aprender. Além disso, pesquisadores conseguiram associar os “sleep spindles” à atividade cerebral circulando entre a região do hipocampo e o córtex pré-frontal – duas áreas críticas para a memória.
De acordo com o pesquisador, essas descobertas demonstram que o sono pode seletivamente operar nos sistemas de memória para restaurar suas funções críticas. Também indicam que nós não apenas precisamos do sono após um aprendizado para consolidar o que memorizamos, mas que também precisamos do sono antes de aprender, para que possamos preparar o cérebro para absorver novas informações no dia seguinte.
Texto extraído de Cérebro Melhor 



Silvia Garcia Fonoaudióloga

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